segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Um Monte de Papeis

Agosto de 1979; Dezembro de 1982; Junho de 1983;...

Datas que me fizeram viajar no tempo até ao tempo em que a inconsciência existia para mim como o oxigénio no ar. Cartas, pedaços de papel [até de guardanapos] preservados de olhares mais curiosos, num esconso de um sotão, em casa da mãe e que me foram dados como relíquias de um passado feliz que agora teimo em recordar.
Alguns nomes de remetentes já não recordo bem, outros ... entristecem-me, outros então fazem--me rir, outros ainda ... bem é melhor esquecer!
Já me tinha esquecido de como fui tão parecida com os jovens de hoje: as mesmas paixões, os mesmos sofrimentos, as mesmas indecisões,... e até a mesma estupidez Acreditem
Hoje, este monte de papéis já foi lido e relido, tentei decorar as partes mais importantes das cartas sem remetente [para a mãe não descobrir] e visualizar as caras; algumas foi impossível, os anos não perdoam. De outras ainda guardo retratos - que olhava até adormecer e punha debaixo da almofada - já sei é foleirice, mas eu adorava!
O que foi feito de toda essa gente?
Gostava de os ver. Como estarão? Casados e com filhos? Solteiros e gordos? Lindos de morrer?
Por hoje as recordações desfazem-se em fumo quando me olho ao espelho e vejo que o tempo passou, mas guardou todas estas memórias de um passado feliz.
Até logo...:)