Alunos - os meus "heróis" !!! :)

Será? Na realidade passo mais tempo com eles do que com as filhas.Embora seja muito criaticada pelos pares, sinto-me uma espécie de mãe deles. Bom não de todos! Para alguns só "madrasta" - ironia.
Alguns queixaram-se que eu não dizia nada deles, pois aqui está uma página só para eles. Gostaram?!
Beijinhos

Zango-me, mas depois...

É sempre a mesma coisa! Zango-me bastante, esperneio e até grito, mas ... depois... não consigo! É mais forte que eu! Aquelas carinhas, os olhos e eu esqueço que estava zangada e furibunda.

Realmente nasci para isto: ser professora! Não uma professora qualquer, mas alguém que gosta do que faz e vê nos alunos o futuro [estranho ou não é verdade].

Há algum tempo deixou de se acreditar nesta geração em vez de se apostar nela e porquê? Fomos exactamente iguais: revoltámo-nos; sentimo-nos injustiçados e até insultados na nossa dignidade, mas não foi isso que nos impossibilitou de seguir em frente e pelo caminho que tinhamos traçado, porque houve alguém que acreditou ... e ainda bem. Acredite-se nesta nova geração e ver-se-á aquilo de que são capazes.

Até amanhã!

Beijinhos

As aparências iludem

Pelo menos uma vez já todos usámos esta frase; batida ou não, o certo é que nalgumas ocasiões ela lá está para nos ajudar a julgar as pessoas que connosco convivem. E todos sem excepção já fizemos julgamentos errados ou, eufemisticamente falando, menos correctos. Eu sou uma dessas pessoas!
Num blog esperamos comentários, mas não de todos e hoje fiquei surpreendida com aquilo que lá tinha.Espero outros que me ajudem a conhecer as pessoas com quem diariamente convivo.
Adeus e jinhos

Alunos em Teste

Há tantos anos que ensino e reparo sempre que, em altura de testes, os alunos adoptam duas posturas - a saber: os primeiros - e talvez os mais "felizes" - usam estratégias bem concebidas e elaboradas, ou seja, não estudam [para quê? tenho sempre negativa; não vale a pena]; os outros, caso mais complicado, nunca se sabe a sua reacção. São os "stressados", aqueles que passaram a noite a estudar e para quê? Afinal só saiu o que não estudei! ou ainda Com alguma sorte consigo 50%.
Enquanto estou sentada à secretária, esperando o tempo passar lentamente, vou observando o que me rodeia (lembra Cesário): oX espreita o teste do vizinho, mas com cautela, não vá a "stora" ver; a Y acha que é mais interessante ir tirando o verniz das unhas - "Quem me mandou pintar as unhas desta cor? Fica horrível!"; oK estende-se ao comprido em cima da mesa, um braço tapando a cara e o outro tapando a folha do teste - "Não sei isto. Em vez de estar na Net devia ter estudado esta matéria, mas o W disse-me que nao saía, lá fora eu digo-lhe! Mais um desenho; ainda bem que tenho o rascunho." A perna teima em mexer-se a um ritmo assombroso e incomoda a colega do lado, mas a Q nada pode fazer, sempre foi assim. E um sem fim de casos, alguns hilariantes, no espaço que medeia a entrada na aula e o "bendito" toque de saída. Os 90 minutos mais traumatizantes na vida de um estudante.
Mas, ironias à parte, sei que a maioria faz sempre o seu melhor e aqueles que não o fizeram hoje, fá-lo-ão amanhã, porque tudo isto faz parte de nós, quem somos e como somos. E temos sempre de saber aceitar as diferenças em cada um de nós, pois só assim podemos viver em sociedade.
Este texto é para vocês!
Beijinhos :)

Folhas Dispersas

Presente inesperado

Quem diria que ao fim de tantos anos a ensinar, alguém me daria um presente. E não foi um presente qualquer, daqueles que compramos por "obrigação", apenas porque é de bom-tom ou porque não surgiu nada melhor e só temos cinco minutos. Este foi um presente pensado e, acima de tudo, sentido por uma aluna que vai permanecer para sempre no meu coração, da mesma forma que eu permaneço no dela.
Hoje a nostalgia tomou conta de mim. Sinto que valeu a pena o trabalho, mas ... sinto que algo está incompleto, sinto que não posso ter terminado um ciclo, porque sinto que ainda não chegou a hora!
Este presente veio -me trazer à memória tempos que já lá vão, mas que me marcaram e marcaram os meus alunos [pelo menos alguns]. A realidade pode ser tão enganadora e julgando passar indiferente por uma turma vejo que fiz a diferença e isso agrada-me.
Obrigado Marta, nunca te vou esquecer. Beijos enormes.